O amor é um mal necessário, acreditava Schopenhauer. Para o filósofo alemão, quanto mais pleno de si, mais capaz de amar seria um indivíduo, o que pressupõe que o sucesso nas relações afetivas é proporcional ao autoconhecimento. Então, seria o encantamento pelo outro um ato egoico? Um reflexo das nossas descobertas pessoais? 

Devemos pensar que no percurso ao fim da jornada amorosa, nos 

permitir olhar para dentro - no exercício de redescobrir-se único -, aquele amor pode vir a ser um “bem” necessário, contrariando o pessimismo filosófico. 

A série de pinturas Ex imir narra a história de um relacionamento conjugal do início ao fim, demonstrando, através da poética visual,  as transformações afetivas, as sensações de medo, raiva e alívio e suas consequências emocionais. Ao espectador é possibilitada a reflexão sobre quem somos no início de um enlace e ao sairmos dele. (Viviane Possa, curadora)